terça-feira, 1 de junho de 2010

Quais os benefícios do Pilates?

• Alongar e fortalecer a musculatura
• Fortalecimento dos músculos centrais do corpo (CORE)
• Estímulo da percepção do corpo e mente
• Aquisição de padrões eficientes e econômicos de movimentos
• Redução das tensões e do estresse
• Restauração do alinhamento postural
• Fortalecimento e flexibilidade à coluna vertebral
• Recuperação de lesões
• Estímulo da respiração de forma adequada
• Melhora a circulação sangüínea e a oxigenação
• Aumento da coordenação neuromuscular
• Alivia as dores articulares e musculares
• Proporciona equilíbrio muscular
• Melhora da mobilidade, agilidade e vigor
• Complemento ao treino desportivo - potência aos resultados e prevenção às lesões
• Desenvolvimento das capacidades funcionais para as atividades diária
• O corpo adquire uma boa estética
• Auto-estima

Pilates X O andar de mulheres idosas

O treinamento de força faz com que o andar de mulheres idosas fique mais parecido com o das jovens. Os resultados de um estudo que foi recentemente publicado na revista britânica Clinical Biomechanics podem, provavelmente, valer também para homens. A pesquisa foi feita por Leslie Persche, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em colaboração com Carlos Ugrinowitsch, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, e André Rodacki, da UFPR.
A pesquisa originou o projeto que estuda os efeitos de diferentes programas de atividade física relacionando-os à diminuição do risco de queda em idosos e envolveu mulheres com idade média de 61 anos.

Na velhice, o risco de quedas aumenta porque a pessoa passa a ter dificuldades de integrar as informações dos órgãos dos sentidos e perde muito da massa muscular. A perda, mais acentuadas nos músculos que controlam a postura, começa aos 30 anos, mas passa a ter efeitos sérios depois dos 60. Os músculos são formados por fibras tipo 1 e 2. Com o passar dos anos, o corpo perde as fibras tipo 2, que se contraem mais rapidamente, geram mais força e resistem menos à fadiga. Sobram as fibras tipo 1, com características opostas. A gordura ocupa o lugar dos músculos.
As 14 mulheres avaliadas na pesquisa fizeram exercícios de força três vezes por semana, durante quatro meses, com aumento gradual dos pesos. Antes e depois do período de treinos, os pesquisadores filmaram as mulheres andando e usaram um programa de computador para descrever as alterações nos seus movimentos.
O treinamento de força nas mulheres reverteu as mudanças da marcha relacionadas à idade. Elas conseguiram andar mais rápido e dar passos mais largos. As idosas também conseguiram dar passos elevando mais os pés do chão, o que diminuiu os tropeços. As passadas tinham uma frequência média semelhante a de mulheres jovens.


O fortalecimento causou uma melhora no andar, mesmo que os participantes não tenham aprendido técnicas para isso. Segundo Ugrinowitsch, o resultado contraria a ideia de alguns especialistas da área. Eles acreditavam que os idosos começavam a andar em um padrão senil de forma consciente, depois que se sentiam mais fracos.
No Brasil, 30% dos idosos caem ao menos uma vez no ano, segundo dados de 2001, divulgados pelo Conselho Federal de Medicina. As quedas estão entre as causas de 12% de todas as mortes de idosos. Naqueles que são hospitalizados em decorrência de uma queda, o risco de morte depois da hospitalização varia de 15% a 50%.
Além de melhorar o caminhar de idosos o treino de força traz benefícios gerais para o corpo. Para começar a praticar, é necessário que o idoso faça um exame médico que avalie a situação do coração e vasos sanguíneos. É imprescindível procurar orientação de um profissional de educação física

Pilates X Corredores

Como já havíamos citado algumas vezes, o PILATES pode beneficiar também no desempenho de esportistas em suas modalidades. Sabendo disso, muitos corredores não perderam tempo e começaram a complementar sua rotina de treino com o método PILATES. Através da respiração do PILATES, consiência corporal e grupos musculares equilibrados, o esportista tem seus movimentos mais econômicos, eficientes e coordenados, além de garantir força muscular e flexibilidade fundamentais à pratica. Ainda, condiciona a postura do corredor para mantê-la de forma adequada pela exigência do esporte, e protegendo não só a coluna, mas todas as articulações contra lesões, já que é uma modalidade de impacto.


O fortalecimento do CORE - parte central do corpo - também é bastante valorizada na corrida por proporcionar agilidade, força e proteção ao praticante. E como sabemos, o CORE é amplamente explorado pelo PILATES já que é a base de todos os movimentos. O CORE fortalecido é sinônimo de mais equilíbrio e controle sobre o corpo.


“O core permite que o corpo produza força, reduza força e se estabilize em reação a estímulos externos. Quando todos os músculos absorvem e transmitem a força de forma ideal, produzem um movimento mais eficiente”, explica Luciano D’Elia, treinador do CORE 360.


Caso o CORE esteja fraco, a mecânica do movimento da corrida se encontrará ineficiente e o esportista vulnerável.


Possíveis dores musculares e articulares também podem ser estabilizadas e evitadas pelo método.


Os exercícios reproduzem os movimentos da corrida, e em determinados períodos do programa de treino é importante que o ambiente seja semelhante ao da corrida, sempre alterando os estímulos. O core permancerá forte e o rendimento do corredor será otimizado.

Pilates faz paciente de doença degenerativa ganhar massa muscular

Pesquisadores da USP conseguiram pela primeira vez fazer com que um paciente de miosite por corpúsculo de inclusão (MCI)— uma doença inflamatória que leva à degeneração lenta dos músculos — voltasse a ganhar massa muscular. Para isso, usaram uma técnica simples: o paciente levantava pesos leves com um aparelho de medir pressão obstruindo parcialmente o fluxo sanguíneo.
Nessa miosite, os músculos lentamente perdem o volume e a capacidade de produzir força . Ficam enfraquecidos principalmente as coxas e dedos. Os doentes têm dificuldades para fazer tarefas simples, como levantar da cadeira, segurar uma sacola, andar, engolir alimentos. O processo de atrofia geralmente começa perto dos 50 anos. A MCI é rara. Segundo pesquisas internacionais, para cada 1 milhão de pessoas, cerca de 14 sofrem com ela.
Na pesquisa, um paciente de 65 anos, fez exercícios para fortalecer as coxas com o fluxo sanguíneo parcialmente obstruído. Ele levantava 20% do peso máximo que conseguia carregar, uma quantidade bem abaixo da recomendada por profissionais de educação física para pessoas saudáveis. Os cientistas temiam que cargas altas aumentassem a inflamação fazendo o paciente perder músculos, em vez de ganhá-los.
Depois do treino, os músculos da coxa do idoso aumentaram o volume em 5% e ele conseguia levantar com as pernas cargas 11,6% mais pesadas. “Isso é significativo. É o que se espera em idosos saudáveis”, diz o autor da pesquisa, o doutor em Educação Física Bruno Gualano. Ele fez a pesquisa no Laboratório de Avaliação e Condicionamento em Reumatologia (LACRE) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Gualano destaca que a o tratamento não curou a doença, apesar da melhora no quadro do paciente.
O idoso também relatou melhoras na qualidade de vida e teve mais facilidade para lidar com atividades do cotidiano. Ele teve uma melhora de 60% em um teste que consiste em sentar, levantar, andar até um cone distante três metros, contorná-lo e voltar. O tempo caiu de 16 para 10 segundos.
Para saber mais sobre a pesquisa e assistir ao depoimento do paciente, veja o artigo em formato audiovisual no Journal of Visualized Experiments. O trabalho também foi publicado na revista Medicine and Science in Sports and Exercise.
PerspectivasOs cientistas explicam que faltam mais pesquisas para se ter certeza que o exercício com vasos obstruídos é uma terapia útil para tratar doenças que causam perdas musculares, como a MCI, câncer e AIDS. Mas a pesquisa pode abrir portas para descobrir terapias que complementem remédios e possam melhorar a vida de quem sofre dessas doenças. O tratamento também tem potencial para ajudar idosos que sofrem de sarcopenia, a perda de massa muscular da velhice.
Depois dessas pesquisas, o LACRE pretende iniciar estudos com doenças que atrofiam os músculos, mais comuns, como a polimiosite e dermatomiosite. Os pesquisadores provavelmente encontrarão mais pacientes que possam participar da pesquisa.
Gualano foi orientado pelos professores Antonio Lancha Júnior, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, e Eloísa Bonfá, do HC. Colaboraram com o trabalho outros pesquisadores do HC, da EEFE, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP e do Hospital Nove de Julho.
Texto: Nilbberth Silva Fonte: Agência USP

Crodomalácia Patelar X Benefício do Pilates

A Condromalácia patelar consiste em uma patologia degenerativa da cartilagem patelar e dos côndilos femorais correspondentes. Trata-se de uma espécie de amolecimento desta cartilagem pelo atrito incorreto contra os côndilos do fêmur. Ocorre um desconforto e dor ao redor ou atrás da patela. Já o termo mais genérico, síndrome da dor patelo-femural, se refere aos estágios iniciais dessa condição, na qual os sintomas ainda podem ser completamente revertidos.


A dor (algumas vezes ardência) é descrita como profunda e localizada na região retropatelar.O sintoma mais comum é a dor atrás da patela, especialmente nas subidas ou durante longos percursos com pedaladas lentas. Pode ser sentida, por exemplo, ao subir e descer escadas, em atividades prolongadas, após ficar muito tempo com os joelhos flexionados e ao agachar-se. Ainda, é possível que ocorra crepitação e estalos, muitas vezes audíveis, além de edema e derrame intra-articular, ocasionados pelo acúmulo excessivo de líquido sinovial formado no processo inflamatório.


Algumas pessoas têm predisposição a apresentar a lesão devido ao desalinhamento da patela, ao invés da patela percorrer o "trilho" formado pelos côndilos do fêmur na flexão e extensão, ela tende a deslocar-se para as laterais, aumentando o atrito entre os dois ossos. A posição da patela de forma mais alta que o normal também são fatores predisponentes. As mulheres costumam ser mais susceptíveis a tal lesão pois, em geral, possuem o quadril mais largo. Ocorre prioritariamente em atividades como balé, corridas, ciclismo, voleibol, etc.

Acredita-se que a causa seja relacionada a fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos que podem resultar em um enfraquecimento e amolecimento da cartilagem envolvida. Assim como as alterações de alinhamento da patela, que excursiona fora do local adequado, ocasionando atrito entre sua superfície articular e a superfície articular do fêmur, desse modo provocando “desgaste”. Tais alterações de alinhamento muitas vezes estão relacionadas à desequilíbrios da musculatura do quadríceps como atrofias, hipotrofias e encurtamentos musculares; variações anatômicas tanto do fêmur como da patela (rotação interna femural, tróclea rasa, patela alta,...). Um fator muito comum são os relacionados aos microtraumatismos de repetição, traumas crônicos por fricção entre a patela e o sulco patelar do fêmur, bastante comuns em esportes de impacto (futebol, vôlei, ciclismo, tênis, corrida, basquete, ...) por força excessiva na região ou choques.Deve ainda ser citada a chamada causa idiopática, quando não são identificadas alterações anatômicas que justifiquem o desenvolvimento da doença. As alterações do ângulo Q do joelho - tendão do quadríceps femoral, ligamento patelar - conduz a um desvio patelar lateral pelo resultante dos vetores de força da espinha ilíaca ântero-superior e do terço superior da tíbia. Uma diminuição desse ângulo resultará em um desvio medial patelar, além de intensificar a compressão patelo-femoral. O Entorse de tornozelo por inversão também pode estar relacionado. Devido aos movimentos de flexâo-plantar, supinaçâo e adução se dá uma anteriorização do tálus e da tíbia, resultando em uma anteriorização da fíbula e então em uma tensão do bíceps femoral. Assim, ocorre um estiramento reflexo no músculo quadríceps femoral, aumentando o atrito fêmur-patelar.

A condromalácia patela pode ser classificada de acordo com o grau de deterioração, segundo Outerbridge (1961):

GRAU I : amolecimento da cartilagem e edemas
GRAU II : fragmentação e fissura da cartilagem em uma área menor ou igual à proximadamente 1,5 cm
GRAU III: fragmentação e fissura da cartilagem em uma área maior ou igual à aproximadamente 1,5 cm
GRAU IV: erosão ou perda da cartilagem articular com exposição do osso subcondral


Não há um protocolo rígido de tratamento. É importante analisar o grau da lesão adquirida e se direcionar às causas, sempre tentando reequilibrar o alinhamento da patela, inicialmente através de tratamento fisioterápico, podendo associar a métodos analgésicos e antiinflamatórios. A perda de peso, em determinados casos, pode ser recomendada para diminuir o estresse sobre a articulação patelofemural. Em casos graves muitas vezes é necessário tratamento cirúrgico, em que procedimentos combinados para tratamento do alinhamento patelar e tratamento da lesão da cartilagem podem ser realizados por via “aberta”, artroscópica (vídeo) ou mesmo combinada.

O PILATES age de forma fantástica no alinhamento patelar, bem como na estabilização do quadro da condromalácia. Já que um dos grandes alicerces do método é o fortalecimento e estabilização dos músculos centrais do corpo aliada às técnicas que potencializam a respiração e seus benefícios, atingindo assim, o objetivo do aluno através do equilíbrio muscular. Para tal, é preciso avaliar o nivel de força e flexibilidade dos grupos musculares do indivíduo, para que se dê início à prescrição do programa de exercícios. No caso da condromalácia patelar são inclusos exercícios de potência, força, alongamento e mobilização do membro inferior, sempre com o cuidado de evitar sobrecarga na articulação em questão. No geral, é importante o alongamento dos ísquiotibiais, o qual seu encurtamento implica em um agravamento no atrito da patela com o fêmur, no momento da marcha. Uma atenção especial ao quadríceps, sobretudo o vasto medial e banda iliotibial, tendões e panturrilha também são extremamente necessárias para equilibrar as forças atuantes sobre a patela.

SINDROME DO TÚNEL DO CARPO E A IMPORTANTE INTERVENÇÃO DO PILATES

SINDROME DO TÚNEL DO CARPO E A IMPORTANTE INTERVENÇÃO DO PILATES

Também conhecida como síndrome do canal cárpico, síndrome do túnel cárpico e síndrome do túnel carpal, a Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia caracterizada pela compressão do nervo mediano que passa pelo túnel do carpo.


O túnel do carpo é um canal do punho com aproximadamente 3cm de largura e dá continuidade proximal com a fáscia antebraquial, tecido fibroso onde se fixam alguns músculos. Possui pequenos ossos em seu assoalho - região dorsal - e paredes laterais, além de um ligamento transverso forte e inelástico na parte superior - região ventral. Além do nervo mediano, passam por esse canal nove tendões responsáveis pela flexão dos dedos. Esse nervo mediano vem do antebraço e passa pelo túnel do carpo para então chegar à mão e enervar o polegar, as duas faces do indicador e do dedo médio e a face interna do quarto dedo. Já o quarto e o quinto dedo são enervados pelo nervo ulnar.


Como suas características anatômicas o faz um canal rígido, qualquer aumento de pressão na região interna do mesmo resulta em uma compressão do nervo mediano, gerando a síndrome. As situações que provocam aumento do tecido sinovial dos tendões, sejam elas traumáticas (incluso traumas cumulativos relacionados à esforços repetitivos), inflamatórias, tumorais ou medicamentosas, também elevam a pressão do canal, comprimindo o nervo e o aparecimento de diversos sintomas.


Os sintomas normalmente aparecem à noite devido à retenção de líquido comum nesse período. Incluem alterações na sensibilidade, dormência, formigamento, choques e ardência nos dedos, especialmente no polegar, dedo médio, indicador e na face interna do dedo anular; e dificuldade de agarrar ou cerrar o punho, ou largar objetos. A dor pode ocorrer no início da síndrome devido à compressão abrupta do nervo mediano. Eventualmente, os sintomas se estendem a todo o o membro superior - mão, braço e antebraço. Assim, é possível que as atividades da vida diária (AVD) sejam comprometidas.


A compressão do túnel carpal pode ser resultante de vários fatores, tais como: deslocamento anterior do osso semilunar, intumescência secundária a fratura de Colles (fratura de extremidade distal do rádio), sinovites secundárias a artrite reumatóide ou devidas a qualquer outra causa capaz de provocar edema devido a traumas que acometam o punho, como entorses, e uma grande variedade de doenças sistêmicas, como o mixedema e a doença de Paget.
Outro fator que pode causar a síndrome são os movimentos manuais frequentes que podem causar lesões por esforços repetitivos (LER), geralmente relacionado ao trabalho ou AVD´s, fundamentalmente, os movimentos de flexo-extensão do punho que acabam por gerar trito dos tendões. Embora não exista uma causa comprovada, as alterações hormonais - como por exemplo alterações na tireóide, período da menopausa e gravidez - também podem interferir na pressão interna do túnel formado pelos ossos e o ligamento da mão. Acredita-se que no tecido sinovial existam receptores para o estrógeno. Nível normal desse hormônio impede que o esse tecido prolifere. No entanto, à medida que a produção do hormônio vai caindo, os receptores ficam livres, o tecido sinovial começa a crescer e, conseqüentemente, a aumentar a pressão dentro do túnel do carpo. Nas gestantes, o edema característico também pode contribuir com os sintomas, porém, após o parto há grande probabilidade de desaparecerem os sintomas.


Outras doenças associadas são diabetes mellitus, artrite reumatóide, doenças da tireóide e causas desconhecidas. É importante dizer que não é só a alteração do hormônio sexual feminino que produz a compressão no nervo mediano. Alterações dos hormônios da tireóide e de doenças como diabetes também produzem uma neuropatia compressiva.


No caso dos diabéticos, são mais suscetíveis a desenvolver a síndrome por causa da alteração do tecido sinovial e também pelo fato de o nervo mediano apresentar características secundárias devido à glicemia elevada.



Para o tratamento, é importante identificar o grau em que se encontra a síndrome: leve, moderado e grave. Se for leve, indica-se a imobilização por aproximadamente 1 mês, através de tala ou órtese, deixando o punho em posição de extensão para minimizar a pressão nos nervos; além de associar um antiinflamatório via oral. Caso seja ineficaz, o médico pode indicar a aplicação de cortisona no canal a fim de amenizar a reação de proliferação do tecido sinovial que comprime o nervo. Porém, não está isenta de complicações e por isso é preciso de muito critério. Se o tratamento clínico não resolver, é possível o médico indicar a cirurgia, a qual anulará os sintomas. A recidiva só ocorre quando a proliferação sinovial é originada de outra doença anterior que continua sem tratamento adequado.

Pilates X Coluna Cervical - Benefícios

A cervicalgia se refere a dor na região da coluna cervical. Normalmente, resulta de uma simples contratura muscular no pescoço, o conhecido torcicolo. Caso a dor permaneça por mais de uma semana, é importante dedicar mais atenção ao quadro.


Os sintomas se instalam de forma lenta: rigidez nos movimentos, alteração na mobilidade, postura alterada como forma de compensação da dor. Além de a dor se manifestar na região do pescoço, também pode se estender ao ombro e ao membro superior (cervicobraquialgia), além de poder apresentar alterações neurologicas como a modificação da sensibilidade, da força muscular, e nos reflexos em inserções musculares como a do punho, cotovelo e ombro terados. Normalmente se relaciona com a compressão da raiz nervosa da região cervical sub-axial. Recomenda-se atenção às dores com sinais neurológicos devido a possibilidade de infecções na coluna, compressões da medula espinhal, tumores, fraturas e outras patologias. Há casos também que se dão dificuldade na marcha, alterações na fala, dor de cabeça, zumbidos, náuseas, visão turva, febre, sudorese, cansaço e perda de peso. É importante frisar que a cervicalgia é um dos sintomas da meningite.
















Causas comuns de cervicalgia:

-Desordem mecânica, fatores posturais e ergonômicos, obesidade, fraqueza abdominal e estresse -Osteoartrose, artrite reumatóide
-Traumas
-Fraturas
-Inflamações espondilite anquilosante
-Infecções (meningite, caxumba, etc)
- Espondilite Anquilosante
- Alterações da ATM (articulação têmporo-mandibular)
-Tumores
- Alterações musculares congênitas
- Estenose do Canal Vertebral
-Hérnia discal

É rara a indicação cirúrgica em casos de cervicalgia. Geralmente, ocorre quando há piora neurológica no decorrer do tratamento, disfunção da medula espinhal ou quando a cervicalgia se dá como consequência de alguma patologia que tenha indicação de cirurgia como as relacionadas aos discos intervertebrais, traumas ou instabilidade de ligamentos. São procedimentos delicados, por isso é impresindível que um medico competente e confiança seja consultado.
Ao recomendar um tratamento à cervicalgia é importante avaliar os fatores que desencadeia a dor, a duração dos sintomas e se há comprometimento neurológico.
Quando a cervicalgia é caracterizada como um torcicolo, recomenda-se relaxantes musculares, calor local e alongamento da região. Na cervicalgia crônica podem ser utilizadas medicações para dor crônica, associadas a um programa de reabilitação. Quando há bloqueio de movimentos, a fisioterapia convencional pode contribuir com terapias passivas que visam a analgesia, aumentando o fluxo sanguíneo e diminuindo o espasmo muscular.

A intervenção do PILATES é bastante efetiva tanto na estabilização da dor quanto na prevenção e orientação para evitar novas crises. Os exercícios baseados na respiração característica associada à contração e fortalecimento do CORE (grupos musculares da região central do corpo) promoverão a mobilização da região, além de equilíbrio muscular (flexibilidade e força) a fim de restabelecer o alinhamento postural e sobretudo da região cervical, estabilizando, fortalecendo e então protegendo toda a coluna vertebral. Os espaços intervertebrais também recebem atenção especial, serão restabelecidos ou mantidos preservando os espaços naturais dos nervos e gânglios, então participando da prevenção de lesões e novas crises.

Pratica de Pilates ajuda na hora do Parto

Manter-se em forma antes, durante e depois da gravidez é o desejo de toda mulher. As fórmulas parecem ser mágicas, mas o segredo é um só: a dedicação.
Seguir as orientações do obstetra é regra absoluta, somadas a alimentação balanceada e, claro, aos famosos exercícios físicos monitorados.


É importante lembrar que mais do que pensar em belas curvas, na gestação é preciso garantir a saúde do bebê e se possível facilitar o momento do parto. E são, justamente, essas as funções do método de Pilates para as futuras mamães. Criado no século XX, pelo atleta alemão Joseph H. Pilates, a técnica é indicada para reabilitação e condicionamento físico geral e bem-estar. Seu sistema de exercícios melhora a flexibilidade, consciência corporal, equilíbrio e força, sem a hipertrofia muscular (crescimento dos músculos) e promove harmonia, equilíbrio, concentração e coordenação motora.

A fisioterapeuta, pós-doutoranda em Pilates na USP, Eliane Coutinho, recomenda que passado o primeiro trimestre as gestantes que desejam um parto tranquilo e a volta a boa forma mais rápida podem praticar Pilates. “Os exercícios fortalecem os músculos do assoalho pélvico (períneo) e resultam na maior sustentação do útero e fortalecimento do abdome. Ajuda ainda o equilíbrio entre a força de expulsão e a de contenção do feto dentro do útero”, explica.
Para as mulheres que já eram adeptas da atividade antes da gravidez, a especialista ressalta que a única diferença está na adaptação dos exercícios para a nova condição feminina, com exceção das gestantes consideradas de risco. “É fundamental a presença de um instrutor que conheça bem as alterações anatômicas, fisiológicas e biomecânicas da gestante”, destaca.
Mas, conforme a fisioterapeuta, a notícia que seduz as grávidas é que o método também contribui para a diminuição das dores do parto. “Com o abdome mais forte a força de contração será maior, diminuindo assim o tempo de expulsão do feto e, consequentemente, o tempo de dor”, informa Eliane.
No período do pós-parto, o Pilates também ajuda a mamãe a entrar em forma novamente. Dra. Eliane esclarece que os exercícios tornam mais rápida a recuperação do abdome, da força e da flexibilidade. Além disso, mulheres que tiveram parto normal podem retomar a rotina de exercícios após 30 dias. Já, no caso de cesariana, é preciso aguardar liberação médica.

Ciclo menstrual e atividade física

Sabemos que o exercício proporciona vários benefícios às mulheres no período que antecede e durante a menstruação.
Por outro lado, estudos relatam que cada fase do ciclo menstrual também pode interferir na disposição e potencial físico, além do psicológico; variando de pessoa para pessoa. Tal fato se deve às alterações hormonais. Por volta do 23º ao 28º dia do ciclo mentrual, a mulher se encontra na fase pré-mentrual, período em que se dá um aumento na taxa de progesterona, podendo reduzir o potencial físico do aluno. Além de diminuir a capacidade de concentração, estar mais propensa a fadiga muscular e irregularidades de humor. Entre o 5º ao 11ºdia do ciclo, na pós-menstrual, é secretado mais estrogênio e noradrenalina. Por isso, nessa fase, observa-se um melhor desempenho físico. Há relatos de alguns pesquisadores que ao analisar as características contráteis dos músculos esqueléticos nas diferentes fases do ciclo, não encontraram diferenças significativas. Mas, apesar de a fisiologia e especificidade do esporte serem individuais, a maioria dos estudos tem encontrado uma baixa na performance na fase pré-menstrual, e uma boa melhora do desempenho na pós-menstrual.



Assim, é possível levar em consideração essa hipótese das mudanças hormonais durante o ciclo menstrual ao fazer o plano de treinamento e aplicar de acordo com a resposta e adaptação de cada aluna. Embora a hipótese seja considerada mais por técnicos desportivos, as praticantes de pilates também podem se beneficiar com a oscilação hormonal. Para tal, é importante investigar as características do ciclo menstrual, bem como o objetivo e perfil de cada aluna, para então decidir se tal hipótese seria considerável para a aluna em questão. E então, avaliar a resposta da aluna para a adaptação de variáveis como volume, intensidade, grau de dificuldade, psicológico, metabolismo, etc. De acordo com a análise individual, podemos somar mais uma ferramenta para otimizar os resultados.

TESE - Fatores de Riscos de excesso de peso em crianças

Alguns resultados da tese de doutorado da nutricionista Leticia Cardoso da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) associou a falta de exercícios físicos fora da escola e não morar com os pais como fatores que intensificam as chances de crianças e adolescentes matriculados na rede pública municipal de ensino do Rio de Janeiro apresentarem excesso de peso (EP).
O estudo foi apresentado em forma de três artigos. Primeiro, foi feita uma revisão de literatura baseados artigos científicos publicados em periódicos indexados, os quais identificavam fatores sociais, ambientais, psicológicos e/ ou comportamentais associados ao EP entre adolescentes. Os resultados dessa revisão foram publicados na Revista Brasileira de Epidemiologia.
O segundo e o terceiro artigos, em processo de publicação, têm identificou fatores associados ao excesso de peso no nível individual e da escola, bem como descrever as prevalências de perfis de consumo e comportamentos alimentares de adolescentes matriculados na rede pública municipal de ensino do Rio de Janeiro. "A concepção e realização do estudo é fruto de minha participação, desde 2002, num grupo de trabalho que idealizou e implementou o sistema de vigilância de fatores de risco para a saúde de adolescentes matriculados em escolas públicas na cidade do Rio de Janeiro", observa Letícia.
De acordo com Letícia, o excesso de peso, incluindo a obesidade, é considerado um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o agravo coexiste com a subnutrição numa escala de epidemia global, denominada globesidade. A obesidade é uma condição de natureza complexa, que afeta todas as idades e grupos socioeconômicos. Segundo estimativas, em 1995, havia cerca de 200 milhões de adultos e 18 milhões de crianças menores de 5 anos obesos no mundo. No ano 2000, o número de adultos obesos aumentou para mais de 300 milhões.
O relatório da Força Tarefa Internacional contra a Obesidade Infantil, divulgado em 2002, revelou que 10% das crianças e adolescentes do mundo apresentavam EP. Essa epidemia não está restrita a países ricos; nos países de baixa e média renda, estima-se que mais de 115 milhões de pessoas sofram por problemas relacionados à obesidade. O excesso de peso tem se tornado um problema grave na Ásia, América Latina e em algumas partes da África, apesar da presença ainda significativa da subnutrição. Estudos conduzidos na América Latina têm mostrado altas prevalências de EP.
Segundo a aluna, resultados mais recentes do Inquérito de Saúde e Nutrição (Ensanut) realizado no México revelaram estimativas de EP ainda mais altas em adultos: 71,9% em mulheres e 66,7% em homens. Também chamam a atenção as prevalências de excesso de peso entre os grupos mais jovens da população: 32,5% e 31,2% entre meninas e meninos de 12 a 19 anos, respectivamente, e cerca de 26% entre crianças com idade entre 5 e 11 anos.
Os resultados do estudo apontam que a frequência de EP nas escolas analisadas variou entre 0 e 50%, e a prevalência média foi de 17,2%. Observou-se que os adolescentes que apresentaram maior chance de EP foram os que estudavam em escolas que não disponibilizavam garfos e facas ou pratos de vidro no refeitório, os que não moravam com ambos os pais, aqueles cujos pais apresentavam 8 a 10 anos completos de estudo (comparados aos que apresentavam 7 anos ou menos e 11 anos ou mais) e ainda, entre aqueles que não realizavam atividade física fora da escola (em pelo menos um dia nos sete dias anteriores à pesquisa).
Letícia explicou que variáveis sociodemográficas e comportamentais dos adolescentes e características da escola apresentaram associação com o EP, reforçando a existência de efeitos individuais e contextuais sobre esse agravo à saúde. "Estudos que identifiquem variáveis contextuais, podem subsidiar ações de prevenção do EP entre adolescentes. Embora a análise da efetividade de intervenções para prevenção e controle do EP apresente resultados por vezes conflitantes, seja analisando intervenções com foco no indivíduo, na família ou no ambiente, um desafio maior é transformar programas de intervenções efetivas em ações presentes nas políticas públicas", destaca.
De acordo com ela, autores que observaram a estabilização e declínio do excesso de peso em seus países sugerem que esses resultados foram alcançados graças ao somatório de esforços em ações específicas mais dirigidas ao público-alvo e ações de maior amplitude que atingem toda a sociedade. Citam como exemplo ações locais em unidades de saúde, nas escolas, clubes para promoção da alimentação saudável e atividade física e ações mais gerais, como o aumento do nível de consciência da população em relação ao sobrepeso, hábitos alimentares e atividade física e a regulação da mídia sobre propagandas dirigidas ao público infantil. "A necessidade da ampliação e integração de ações de diversos setores é, portanto, urgente no cenário nacional", enfatiza Letícia.
Resultados apontam necessidade de intervenções efetivas de políticas públicas
No Brasil, os incrementos do sobrepeso e da obesidade têm sido amplamente documentados desde os anos 80. Resultados de pesquisas de amplitude nacional conduzidas nos anos de 1974 e 1975, 1989 e 2003 revelam "um aumento intenso e contínuo da prevalência de excesso de peso na população masculina, que passou de 18,6% em 1974 e 1975 para 29,5% em 1989, atingindo 41,0% em 2003. Já, na população feminina, a evolução foi distinta; após o aumento de 28,6% para 40,7% observado no primeiro intervalo de tempo (entre 1974 e 1989), houve uma aparente estabilização, com prevalência de excesso de peso próxima a 40% em 2003", destaca Letícia.
Esses agravos também vêm aumentando em ritmo acelerado entre crianças e adolescentes brasileiros ao longo das últimas décadas. Segundo a nutricionista, resultados de dois grandes inquéritos nacionais realizados nos anos 70 e 90 mostram que o sobrepeso aumentou de 4,9% para 17,4% entre crianças de 6 a 9 anos; e de 3,7% para 12,6% entre os jovens de 10 a 18 anos. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, 2002/03), o sobrepeso já atingia 16,7% dos adolescentes brasileiros entre 10 e 19 anos, sendo os meninos o segmento com prevalência de sobrepeso mais elevada (18%) quando comparados às meninas (15,4%). "O excesso de peso é um problema preocupante, não somente porque já afeta uma grande proporção da população, mas também porque tem acometido estratos cada vez mais jovens", adverte.