terça-feira, 1 de junho de 2010

SINDROME DO TÚNEL DO CARPO E A IMPORTANTE INTERVENÇÃO DO PILATES

SINDROME DO TÚNEL DO CARPO E A IMPORTANTE INTERVENÇÃO DO PILATES

Também conhecida como síndrome do canal cárpico, síndrome do túnel cárpico e síndrome do túnel carpal, a Síndrome do Túnel do Carpo é uma neuropatia caracterizada pela compressão do nervo mediano que passa pelo túnel do carpo.


O túnel do carpo é um canal do punho com aproximadamente 3cm de largura e dá continuidade proximal com a fáscia antebraquial, tecido fibroso onde se fixam alguns músculos. Possui pequenos ossos em seu assoalho - região dorsal - e paredes laterais, além de um ligamento transverso forte e inelástico na parte superior - região ventral. Além do nervo mediano, passam por esse canal nove tendões responsáveis pela flexão dos dedos. Esse nervo mediano vem do antebraço e passa pelo túnel do carpo para então chegar à mão e enervar o polegar, as duas faces do indicador e do dedo médio e a face interna do quarto dedo. Já o quarto e o quinto dedo são enervados pelo nervo ulnar.


Como suas características anatômicas o faz um canal rígido, qualquer aumento de pressão na região interna do mesmo resulta em uma compressão do nervo mediano, gerando a síndrome. As situações que provocam aumento do tecido sinovial dos tendões, sejam elas traumáticas (incluso traumas cumulativos relacionados à esforços repetitivos), inflamatórias, tumorais ou medicamentosas, também elevam a pressão do canal, comprimindo o nervo e o aparecimento de diversos sintomas.


Os sintomas normalmente aparecem à noite devido à retenção de líquido comum nesse período. Incluem alterações na sensibilidade, dormência, formigamento, choques e ardência nos dedos, especialmente no polegar, dedo médio, indicador e na face interna do dedo anular; e dificuldade de agarrar ou cerrar o punho, ou largar objetos. A dor pode ocorrer no início da síndrome devido à compressão abrupta do nervo mediano. Eventualmente, os sintomas se estendem a todo o o membro superior - mão, braço e antebraço. Assim, é possível que as atividades da vida diária (AVD) sejam comprometidas.


A compressão do túnel carpal pode ser resultante de vários fatores, tais como: deslocamento anterior do osso semilunar, intumescência secundária a fratura de Colles (fratura de extremidade distal do rádio), sinovites secundárias a artrite reumatóide ou devidas a qualquer outra causa capaz de provocar edema devido a traumas que acometam o punho, como entorses, e uma grande variedade de doenças sistêmicas, como o mixedema e a doença de Paget.
Outro fator que pode causar a síndrome são os movimentos manuais frequentes que podem causar lesões por esforços repetitivos (LER), geralmente relacionado ao trabalho ou AVD´s, fundamentalmente, os movimentos de flexo-extensão do punho que acabam por gerar trito dos tendões. Embora não exista uma causa comprovada, as alterações hormonais - como por exemplo alterações na tireóide, período da menopausa e gravidez - também podem interferir na pressão interna do túnel formado pelos ossos e o ligamento da mão. Acredita-se que no tecido sinovial existam receptores para o estrógeno. Nível normal desse hormônio impede que o esse tecido prolifere. No entanto, à medida que a produção do hormônio vai caindo, os receptores ficam livres, o tecido sinovial começa a crescer e, conseqüentemente, a aumentar a pressão dentro do túnel do carpo. Nas gestantes, o edema característico também pode contribuir com os sintomas, porém, após o parto há grande probabilidade de desaparecerem os sintomas.


Outras doenças associadas são diabetes mellitus, artrite reumatóide, doenças da tireóide e causas desconhecidas. É importante dizer que não é só a alteração do hormônio sexual feminino que produz a compressão no nervo mediano. Alterações dos hormônios da tireóide e de doenças como diabetes também produzem uma neuropatia compressiva.


No caso dos diabéticos, são mais suscetíveis a desenvolver a síndrome por causa da alteração do tecido sinovial e também pelo fato de o nervo mediano apresentar características secundárias devido à glicemia elevada.



Para o tratamento, é importante identificar o grau em que se encontra a síndrome: leve, moderado e grave. Se for leve, indica-se a imobilização por aproximadamente 1 mês, através de tala ou órtese, deixando o punho em posição de extensão para minimizar a pressão nos nervos; além de associar um antiinflamatório via oral. Caso seja ineficaz, o médico pode indicar a aplicação de cortisona no canal a fim de amenizar a reação de proliferação do tecido sinovial que comprime o nervo. Porém, não está isenta de complicações e por isso é preciso de muito critério. Se o tratamento clínico não resolver, é possível o médico indicar a cirurgia, a qual anulará os sintomas. A recidiva só ocorre quando a proliferação sinovial é originada de outra doença anterior que continua sem tratamento adequado.

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